Mata Atlântica


Originalmente a Mata Atlântica - também conhecida como Floresta Pluvial Tropical, Floresta Ombrófila Densa ou Floresta Atlântica - ocupava quase toda a faixa litorânea do Brasil, indo do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, numa área de 1,3 milhões de quilômetros quadrado, equivalente a 15% de todo território nacional. Era a segunda maior floresta tropical, perdendo apenas para a Floresta Amazônica.

O início da devastação da Mata Atlântica ocorreu no ano de 1500 quando cortaram uma árvore para fazer uma cruz e rezar a primeira missa em solo brasileiro. Durante o ciclo do pau-brasil (Caesalpinia echinata) foram retirados 70 milhões de pés, utilizados para tingir tecidos europeus. No diário de bordo da nau Bretoa que esteve no Brasil em 1511 foi registrada uma carga de cinco mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça e seiscentas araras.

O desmatamento continuou com os ciclos do açúcar e do
café
que derrubaram enormes áreas para plantação de cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) e café (Coffea arabica), com o ciclo do ouro que poluía rios, lagos e mananciais, e com o crescimento das vilas e hoje das cidades. No fim das contas restaram apenas 7% da Mata Atlântica, concentradas em áreas descontinuadas das serras do Mar e da Mantiqueira.